quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tertúlia de Novembro - Tema "A Arte de Comunicar"



No passado dia 24 de Novembro de 2010, teve lugar, na Sociedade Musical Odivelense, a 28ª. tertúlia das “Conversas com Princípio e Fim”, desta vez a assistência foi de 85 tertulianos.
Como habitualmente, coube a Carlos Moura:

agradecer os apoios recebidos nomeadamente, do Jornal de Odivelas, Jornal Triângulo, Câmara Municipal de Odivelas, do Centro Cultural da Malaposta e da Odivelas TV, esta pelo agradável convite dirigido a Carlos Moura para uma entrevista que teve lugar, no dia 22, nos estúdios daquele órgão de informação e disponível em http://www.odivelas.com
No breve período de informações foi reportado o óptimo passeio etnográfico e cultural levado a cabo por 52 tertulianos os quais percorreram a Rota do Azeite, na Aldeia da Cabreira, Concelho de Góis.
Em Maio de 2011 iremos, novamente, ao Congresso da Sopa, na Cidade de Tomar:
Simbolo do ano de 2010:

E percorremos a "Rota da Farinha e da Broa, em Penacova:

A viagem internacional a realizar em Julho de 2011, levará as tertúlias à Croácia e Eslovénia, as inscrições já se encontram abertas.
CROÁCIA:
ESLOVÉNIA:
VISTAS DA CIDADE DE ZAGREB:


ZONA DOS LAGOS DE PLITVICE:

O convidado da organização para a Tertúlia “A Arte de Comunicar” iniciou a sua Palestra apresentando-se como um homem do Norte, do Distrito de Aveiro, “com 60 e onze anos”.
Ficou órfão de Mãe aos 11, estudou no Colégio “O Académico” e na Faculdade de Direito de Lisboa. Foi Secretário-Geral do ACP – Automóvel Clube de Portugal de 1979 a 2002 e foi vereador da CM de Lisboa durante 2 mandatos. É membro da Sociedade Portuguesa de Autores e da Associação Portuguesa de Poetas. Tem 21 livros publicados, a maioria de poesia, mas também Biografias Históricas e alguns de natureza pedagógica e didáctica, publicou em 4 livros a História e Poesia de Portugal, tem diversas peças de teatro infantil e também histórico - sobre Camões, Bocage e Fernando Pessoa. Desde 2002, em regime de voluntariado, na ULTI – Universidade de Lisboa para a Terceira Idade (instalações da Igreja das Furnas) lecciona Teatro, Poesia e Arte de Comunicar.
O Convidado referiu que as primeiras palavras de um orador são determinantes para que haja ou não boa aceitação por parte dos ouvintes, dos receptores. De um modo geral estes, se não sabem quem é e do que vai falar, com alguma reserva aguardam para ver… para formular as primeiras impressões.
Acrescentou que, para além das palavras/conteúdo que o emissor utilize, é preciso que saiba saber estar.
Para se apresentar declamou, como sendo um auto-retrato, o poema Restos do Nada, que escreveu quando tinha 19 anos. Disse ter sido vagabundo errante…, jovem disfarçado…, velho derrotado…, cego…, amor…, desilusão…, intrusa lembrança…, devaneio… e restos do nada que passou.
Depois, dirigiu um comentário à constituição do público tertuliano congratulando-se por verificar estar presente um elevado número de homens, o que não é habitual neste tipo de reuniões. Felicitou o seu amigo e organizador, a quem chamou, carinhosamente, de “Mestre Carlos Moura”, pelo êxito que consegue na organização e na mobilização destas tertúlias:
Disse que muitos oradores, a começar pelos sacerdotes, em tantas homilias, não conseguem manter a atenção de quem os escuta por mais de dois ou três minutos, porque os temas que tratam e o tom monocórdico que utilizam depressa desconcentram os receptores. As pessoas gostam de ouvir coisas novas e, se possível, histórias. A curiosidade desperta nestas circunstâncias. - Porque é que as telenovelas têm tanta audiência? – perguntou. Porque se contam histórias de vidas e intimidades, bisbilhotices. De uma maneira geral, as pessoas gostam de bisbilhotices…
De seguida, contou uma história – tipo anedota – que animou toda a assistência. Passando ao tema, “A Arte de Comunicar ou Comunicar com Arte”, o Prof. João Coelho dos Santos disse-nos que, ao longo do dia, agredimos terceiros, culpando-os, censurando-os sistematicamente. Lembrou que ninguém gosta de ser censurado e que passamos a vida de dedo em riste a culpar quem nos rodeia.
A propósito das formas de comunicar, lembrou que Carlos Moura, na abertura da sessão tinha exemplificado, apontando o envio de um email, de uma carta, a leitura de um livro, de uma revista, uma ida ao teatro, etc, etc, algumas inseridas nas tecnologias recentes, e que outras formas são através da oralidade. E, acrescentou o orador, as formas de comunicar são as dos sentidos, a oral/verbal, a visual/expressão (isto é, basta às vezes um olhar carrancudo ou risonho para se perceber se há animosidade ou empatia), a comunicação mímica e gestual, dando como exemplos os árbitros, fiscais de linha e os antigos polícias sinaleiros. Referiu-se ainda à comunicação telepática ou telepatia.
De forma breve referiu-se aos principais grupos de saberes, à evolução cognitiva e aos cuidados que devemos ter para sermos socialmente bem aceites.
O EGO é o mais importante para cada um de nós e é através da sua satisfação que se constroem caminhos de ou para a FELICIDADE:
A terminar contou mais uma pequena e divertida história e declamou o seu mais famoso poema de Natal que dedicou a todos os presentes – NATAL DE QUEM também conhecido por Então e eu, toda a gente me esqueceu? – que, já deu a volta ao Mundo pela internet, foi declamado em muitos e muitos lares onde se fala português e está publicado no livro que será lançado neste período natalício: Auto de Natal e Poemas de Natal.
Os assistentes tributaram uma longa salva de palmas e, no final da sessão, felicitaram demoradamente o palestrante convidado.
Do ponto de vista da organização considerámos de excelente a interacção que existiu entre o Prof. João Coelho dos Santos e os tertulianos, arriscamos mesmo deixar, no ar, a ideia que no ano de 2011, o iremos ter, de novo, noutro tema.
Na rubrica “Hoje sou eu o Poeta”, as declamações estiveram a cargo da Salomé Ribeiro, do Jaime Guerreiro, do António Silva e da Margarida Moura.
No final deste evento teve lugar o habitual sorteio de livros, desta vez oferecidos pela nossa amiga tertuliana, Dalila Abelho, sete livros pelo Prof. João Coelho dos Santos, por dv´s e convites para dois espectáculos promovidos pelo Centro Cultural da Malaposta.
A próxima tertúlia, cujo tema é o Natal, terá lugar no dia 15 de Dezembro, vai contar com a participação do Grupo de Teatro das Tertúlias o qual levará à cena a peça “Lá para os lados de Belém”, escrita pela tertuliana Lídia Dias e interpretada por cerca de dezasseis amigos, haverá, ainda, um apontamento musical oferecido pela Soc. Musical Odivelense, poesia natalícia, este ano, ao cuidado do Jaime Guerreiro e do António Silva e por fim a inauguração da rubrica “Hoje sou eu o Cantor”, estamos em crer que são os ingredientes necessários para haver uma bonita tertúlia de natal, apareça e já sabe, traga consigo um amigo, todos serão bem-vindos.

1 comentário:

Patricia Benítez Márquez disse...

Olá Carlos,

Mais uma vez estás de parabéns!!
O tema foi bastante interessante e o Prof. João Coelho dos Santos é um bom comunicador... Acho que cativou a todos os tertulianos.

Um abraço e até a próxima, e última, Tertúlia deste ano.

Patricia