http://youtu.be/XWwAkPRcw40
Palestra I Parte:
http://youtu.be/5UmdJAjQEUY
II Parte:
http://youtu.be/NB3CWBX_t8s
III Parte:
http://youtu.be/X6prsF-AOIA
IV - Hoje sou eu o Poeta:
http://youtu.be/yNrZchOoQBw
No passado dia 28 de Março, teve lugar na Sociedade Musical Odivelense a 42ª. Tertúlia das “Conversas com Princípio e Fim”, sendo convidada a historiadora Dra Maria Máxima Vaz, responderam ao convite da organização 70 Tertulianos.
A sessão foi iniciada com Carlos Moura o qual agradeceu à imprensa local todo o apoio dados a estes eventos com a divulgação dos mesmos.
Seguiu-se a palestra da convidada que começou por se referir à “Quinta de Nª. Srª. do Monte do Carmo ou do “Mendes” informando os presentes de que o primeiro proprietário, conhecido, da referida Quinta, foi D. Gil Vaz Lobo um dos conjurados que em 1640 restauraram a independência de Portugal.
O referido nobre, no testamento declarava herdeira universal sua irmã, D. Madalena da Silveira, e deixava uma importância em dinheiro para que mandasse construir uma capela dedicada a Nossa Senhora do Monte do Carmo, numa quinta que possuía em Odivelas, pedindo que os seus restos mortais fossem trasladados de Castelo Branco para essa capela, o que veio a cumprir-se passados dezassete anos.
Gil Vaz Lobo era solteiro, mas afirma-se que “D. Luísa Maria Simoa de Moura e Andrade, Abadessa no mosteiro de S. Dinis”, era sua filha.
Como essa afirmação não indica a fonte onde obteve a informação e a Dra Maria Máxima Vaz não a encontrou, até hoje, conserva-se a dúvida.
A Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo acabou por ser vendida em hasta pública, por ter sido dada como penhor de uma dívida que não se pagou dentro dos prazos previstos. Foi nessa altura que o Senhor José Rodrigues Mendes a comprou, já em finais do século XIX, mais precisamente em 1879. Sendo os seus familiares os últimos donos que habitaram, pelo menos periodicamente, esta Quinta, é deles que há memórias mais vivas e mais presentes, daí o chamarem ainda hoje quinta do Mendes a toda aquela zona que foi solo agrícola e onde hoje apenas existem prédios de habitação.
Na continuação da sua excelente apresentação, seguiu-se a referência à “Quinta da Memória”, na qual está, actualmente instalada a Câmara Municipal de Odivelas,
era um complexo habitacional composto de casas nobres, capela e alojamentos para os “servidores” que garantiam aos seus proprietários todo o trabalho na quinta e ainda o serviço doméstico.
O brasão que assinala a entrada principal leva-nos a admitir que a construção das casas nobres se deve a D. Rodrigo de Moura Teles, arcebispo de Braga entre 1703 e 1728.
As Memórias paroquiais de 1758 referem-se à Quinta da Memória, de que era dono, nessa época, o Conde de Santiago, Aposentador – Mór, dizendo que tinha árvores de “fruta de caroço e de espinho”, oliveiras, vinha e terras de cultivo.
A sua extensão ia da Memória até ao ponto “onde o rio da Costa” se encontra com a ribeira de Odivelas. O Livro das Décimas de 1763 informa que, nesta propriedade, existiam casas nobres, (não deixando margem para dúvidas), que foram concluídas e habitadas.
Pelo que as ruínas do espaço exterior nos indicam, havia um jardim, o que era comum nessa época, e desse jardim existe ainda, quase destruída, uma construção semi-cilíndrica, de pedra miúda, que eu acredito ter sido o que chamavam “casa de fresco”, lugar onde se recolhiam, estando no jardim, em horas de calor. A Dra Maria Máxima admite, que poderia também ter sido uma fonte. Nas quintas que desse tempo se conservam, poderemos constatar a sua existência.
A Dra Maria Máxima Vaz terminou a sua palestra dizendo-nos que as Quinta da Memória e a Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo foram propriedades da alta nobreza em Odivelas.
As casas nobres destas duas quintas são hoje propriedade do Município de Odivelas, facto que lhe conserva o carácter de nobreza, pelos serviços que ali estão instalados.
Caro leitor deste blogue para ter uma ideia mais aprofundada da palestra da Dra Maria Máxima Vaz sempre pode consultar os links acima referidos;
O momento de poesia foi preenchido com a colaboração do António Silva, da Graça Melo e da Aline Rocha;
Registámos com muito agrado a presença da D. Rosário Tomé, secretária da Associação de Artesãos D. Diniz que nos visitou pela primeira vez.
A Tertúlia terminou com o habitual sorteio de livros que incluiu a rúbrica "Um livro para o seu Neto", atribuídos dois livros recomendados pelo "Plano Nacional de Leitura", um desses livros foi atribuído à avó da Tertuliana Carminho, de 4 anos presente na sala, como atesta a foto seguinte:
Foram, também, oferecidos convites para eventos do Centro Cultutral da Malaposta.
A próxima Tertúlia realiza-se no dia 18 de Abril com inicio ás 16,30 Horas, será Convidada a Dra Susana Simões Pneumologista, residente em Odivelas, também aqui pode consultar a sinopse deste evento inserida neste blogue;
Parte deste texto está consubstanciado em informações facultadas pela Dra Maria Máxima Vax e autorizadas por ela própria a serem reproduzidas neste blogue.
Termino desejando a todos uma Santa e Feliz Páscoa, até lá um abraço, Carlos Moura.
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